Viajar, além de ser uma atividade de descanso e de lazer, também pode se tornar um meio de conhecer outras culturas e consequentemente um pequeno passo que pode suscitar o respeito mútuo entre os povos.
Outro aspecto da viagem que considero importante são as boas surpresas que os diversos destinos nos reservam, seja com as paisagens, com as pessoas, e, sobretudo, com o modo de vida diferente que muito pode nos ajudar a repensar nossa própria maneira de ser.
E isso ocorreu comigo quando visitei um dos nossos vizinhos latinoamericanos, a Bolívia.
A Bolívia me encantou em cada esquina, restaurante, hotel, passeios, enfim, na hospitalidade como um todo. Mas certamente o que eles têm de mais rico é o seu próprio povo, pois as pessoas com as quais tive um breve contato, me deram a cada conversa uma bela lição de cidadania.
Bom, não poderia falar de turismo sem antes situar os leitores neste breve contexto. Mas agora, apresentarei um lugar incrível que ficou para sempre em minha memória. Esse lugar é a Isla del Sol, que fica em Copacabana.
A viagem de carro de La Paz até Copacabana dura em média três horas e a paisagem é espetacular.
O maior empecilho nesta viagem é a altitude, na Isla Del Sol, chegamos a 3900 metros. Para subir, é preciso ir bem devagar, para tomar fôlego.
Ao longo da estrada, avistamos o magnífico, grandioso e azulado Lago Titikaka (significa pulman dourado - seu formato lembra exatamente o desenho de um pulman). A paisagem é deslumbrante, pois o lago tem dimensões de um mar, por isso, nem dá para acreditar que trata-se de um lago. O Titikaka é formado por geleiras em derretimento.
Chegando em Copacabana, é preciso cruzar o Lago Titikaka num barco. E o carro obviamente é transportado numa balsa. O lugar da balsa chama-se San Pablo de Tiquina. Navegamos no lago cerca de 1h30 até chegar na esplendorosa Isla del Sol. Antiga morada Inka, cercada de lendas e misticismos que relembram os tempos anteriores à invasão espanhola. É preciso dizer que o lago é limpo, pois há um sistema próprio de encanamento do esgoto.
A vista de cima da Isla é magnífica, o lago azul lá embaixo se faz onipresente. Ao longo da caminhada, encontramos alguns moradores que trabalham com o turismo, as señoras de pollero (roupas típicas) vendem seus artesanatos, bem como los niños que também trabalhando vendendo artesanatos.
Visitamos o templo Inka (Deus soberano) no qual há muitas lendas acerca do domínio deste povo por toda a cordilheira e também pela costa do lago. Da Isla del Sol, avistamos a Isla de la Luna.
Essa foi uma parte do mochilão que fiz pela Bolívia e pelo Peru. Em breve, mostrarei outras peculiaridades destes territórios ricos de paisagem, cultura e principalmente de pessoas
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