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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

PERU 3º TEMPO: ENFIM, MACHU PICCHU


Perdoem-me os que fazem questão de objetividade! Machu Picchu é um lugar para ser tratado de forma subjetiva, para falar de sua energia e dos sentimentos que desperta. Claro que não deixarei de dar dicas úteis sobre o que levar, como chegar etc. Mas será difícil não perder o foco e me perder em emoções! Vamos tentar:

Se optar por ir de trem direto para Águas Calientes (localidade aos pés de Machu Picchu) pegue o trem em Poroy (cidade a 25 minutos de táxi ou ônibus de Cusco) bem cedo, por volta de 5 horas da manhã, a viagem dura cerca de três horas e tem uma parada para embarque e desembarque de passageiros em Ollantaytambo.

A segunda opção é para os que estão em forma e desejam aventura: a trilha Inca, por ela você vai a pé de Cusco, ou Ollantaytambo, para Machu Picchu, são sete ou quatro dias de caminhada (dependendo do ponto de partida) passando por ruínas e uma bela paisagem natural e dormindo em barracas, dessa forma você estará fazendo o percurso usado pelos Incas para chegar de Cusco a MaPi (Machu Picchu para os íntimos!).




Rio Urubamba
A viagem de trem é bem agradável, tem serviço de bordo e o teto dos vagões é panorâmico, enormes janelas que proporcionam uma vista incrível quando nos aproximamos do destino final. O trem de Poroy para Águas Calientes é operado pela Incarail e você poderá obter informações sobre horários, preços, categorias e até comprar suas passagens pelo site: http://www.incarail.com.pe/.

A viagem é lenta, mas muito agradável, é interessante atentar para a mudança de paisagem conforme vamos descendo em direção à alta Amazônia. Ao sair de Poroy você continuará por vários quilômetros a ver a paisagem árida das terras altas daquela região e provavelmente pegará trechos de geada também. Quando passar Ollantaytambo começara a percorrer as margens do Rio Urubamba, uma região com vários povoados e onde a vegetação já começa a se mostrar mais verde e viva. 

Mas o momento mais incrível da viagem é quando o trem efetivamente se aproximar de Águas Calientes, será fácil perceber, pois você se verá envolto por altíssimas montanhas cobertas de vegetação amazônica e já poderá ver alguns resquícios de antigas construções. Ao passar em meio àquelas montanhas a emoção é enorme, será como estar retornando ao ventre da Pachamama (Deusa mãe Terra).





Relógio de Sol


Se optar por passar uma noite em Águas Calientes e já tiver feito a sua reserva, a maioria dos hotéis disponibiliza mensageiros que estarão lhe esperando para levar suas malas para o hotel. O ideal é que você leve uma mochila com o mais necessário: águas, lanches leves, saco de lixo, repelente e protetor solar e despache para o hotel todo o resto de sua bagagem, assim não perderá tempo e poderá ir direto da estação para o parque.

Os eco ônibus que saem de perto da estação levam 20 minutos para chegar à MaPi, mas você poderá fazer o trajeto à pé se preferir.

Para os que sempre sonharam conhecer Machu Picchu, a chegada à entrada do parque é um momento mágico, por mais que você acredite que já viu ruínas o suficiente em Lima e Cusco, a energia de Machu Picchu e seu estado de conservação proporcionam sensações únicas!

O bilhete de entrada para o parque, assim como o ingresso de ida e volta do eco ônibus servem para o dia todo, dessa forma você poderá entrar e sair quantas vezes quiser e existe um bom restaurante buffet bem em frente à entrada, o que é uma ótima opção.

Na parte da manhã procure visitar o parque com um guia para entender como era a cidade e volte à tarde sozinho para explorar. Pelas manhãs o parque é cheio de grupos e muito lotado, mas depois do almoço fica bem mais tranquilo, é o melhor período pra tirar fotos.

Caso queira visitar Waina Picchu (Pico novo) aquele pico enorme que vemos ao fundo das fotos clássicas de Machu Picchu, você terá que voltar no dia seguinte bem cedo, antes das seis da manhã, pois só os 300 primeiros visitantes a entrarem no parque poderão ter acesso.

O povoado de Águas Calientes tem bons restaurantes, hotéis e ótimas “Sanducherias” (lanchonetes) e também uma enorme feira de artesanato nos viadutos sobre os trilhos.

O trem de volta para Cusco reserva boas surpresas, ao estilo “macumba pra turista” como diria Mário de Andrade, mas vale a pena para que a viagem não seja cansativa!

Aqui chega ao fim esta breve aventura pelo Peru, que deixa saudades e um enorme desejo de quero mais!

Boa viagem!

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